O Atendimento Fraterno Espírita frente aos pais do LGBT

agosto 05, 2017

O Atendimento Fraterno Espírita frente aos pais do LGBT

Estudado a Homoafetividade com Andrei Moreira - O Atendimento Fraterno Espírita frente aos pais do LGBT

Muitas vezes os pais, em sofrimento, vão buscar na casa espírita, no atendimento fraterno, o auxílio para suas dores e desconfortos, desejando saber como interpretar aquela situação à luz dos postulados espíritas. Nesse momento, é importante que o atendente fraterno seja sensível o suficiente para perceber a extensão da dor daqueles pais, acolhendo-os pela escuta atenta e desprovida de preconceito, sem ansiedade por oferecer respostas.

O trabalho de atendimento fraterno não visa dar respostas prontas para o indivíduo, mas orientá-lo de acordo com os princípios gerais da Doutrina Espírita, a fim de que ele possa buscar por si mesmo as respostas, no seu tempo e no seu ritmo, sobretudo em sua individualidade, a qual representa tanto eu interior quanto sua unicidade.

A ansiedade por oferecer respostas pode violentar, agravar as situações e aumentar o sofrimento. A orientação deve buscar desmistificar crenças que não são produtivas e oferecer caminhos de pesquisa e investigação, na literatura e no trabalho espírita, sedimentando a esperança, o otimismo e a confiança na bondade divina.

Naturalmente o atendente fraterno deve conhecer o assunto tratado ou abster-se de opinar, chamando quem entenda.
(...) Ao longo do tempo, cada família encontra seu ponto de equilíbrio, e a vida passa a fluir em novas bases de aceitação, tolerância e fraternidade, quando o amor prepondera e comanda as relações. Aparecem, então, as novas relações da pessoa homossexual, trazendo novos desafios.

Acolher ou não o namorado do filho, a namorada da filha? Permitir o afeto no lar ou não? Permitir que participem das atividades familiares ou não?

Essas são sempre decisões pessoais, que cada família deverá tomar no âmbito de suas possibilidades e seus valores. No entanto, quando a aceitação é plena, oferece-se à pessoa homossexual o mesmo direito que tem os demais filhos e o que é permitido dentro do sistema de crenças familiares" (MOREIRA, 2012, p. 263).